15 agosto 2016

Quem nunca errou um dia?

É triste quando alguém aponta o dedo na sua cara e te julga sem saber de nada, sem viver os seus dias e muito menos, saber da ferida que vive e atormenta por dentro. Resgata o teu passado sujo e te ofende como se fosse o dono da razão. O ser humano tem o direito de mudar, de procurar o melhor de si, de perdoar os outros e principalmente se perdoar. O ser humano tem o direito de errar, como tem o direito de progredir e não querer voltar para os mesmos erros. 

Daí eu penso: quem nunca errou um dia? Ser filho da puta, é saber do seu erro e continuar da mesma forma, sem ter uma consciência tranquila pra dormir, sem ter a humildade de pedir desculpas e a arrogância, de usar a sua própria fragilidade pra atingir o mundo, como se o mundo fosse culpado pelos seus dias ruins. Eu não tenho culpa pelos problemas dos outros, então, não aceito ser metralhada, se eu também tenho problemas também. Não aceito ser válvula de escape de ninguém. Não sou obrigada a respeitar prepotência de ninguém. Não sou obrigada a ouvir calada, os julgamentos que não me pertencem mais. 

E se for pra me ofender, me julgar e me criticar, que seja por um erro recente. Não queira colocar o dedo na minha cara e dizer algo sobre o meu passado. Os meus erros foram perdoados e eu mesma me perdoei. Eu vivo em paz comigo mesma e com os meus. Não tenho culpa se a vida das pessoas são frustradas e com isso, ofendem as outras para se sentirem melhor. Eu não tenho culpa. O que eu vivo dentro da minha casa, o que eu vivo dentro da minha vida, eu sei. As pessoas que vivem comigo sabem. E isso me basta. O que você tem a dizer, não me interessa, a tua ofensa, não me destrói. Não me diminui. Gente que cuida e prioriza a própria vida, além de ser feliz, tem a saúde saudável.

Tem gente que quanto mais distante, melhor. Da minha vida, cuido eu.

Joyce Xavier



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