04 novembro 2015

Ana



Ana só deseja realizar os seus sonhos e tornar-se uma pessoa melhor. Sua melhoria tem sido excelente, mas ainda é falada negativamente nos lábios de muita gente. Ela é simples, seu orgulho é morto e conheceu a humildade após sofrer o castigo da vida. Seu corpo é carente, o coração está trancado, ela não deseja abri-lo mais uma vez e as chaves enferrujaram com as lágrimas do sofrimento. Ela quer fugir, mas ainda não tem pra onde ir, cansou-se de ouvir ofensas e largou as armas para não machucar mais ninguém. Seu escudo já está desgastado, ela precisa se renovar e já tentou se matar. Suas caixas pelo quarto estão cheias de entulhos e suas malas já estão quase prontas. Ela separou os livros e não tira seus fones do ouvido. Já se acostumou com a solidão, se conformou com os nãos e não se conforma com o falso perdão. Ana já se perdeu no mundo, mas hoje vive perdida dentro dela. Tudo conspira ao seu favor, seus caminhos estão livres e abertos, não há inveja ou ódio que a façam desabar e toda a negatividade chegará se ela mesma deixar. Ana é tão querida e se sente sozinha, carrega paz e incomoda os que declaram guerram. Ela quer amar, talvez ainda não tenha encontrado o amor, pois caminhava no caminho errado e todos os errantes não aguentariam a luz divina que sua alma carrega e ao mudar seu próprio destino, a poeira não lhe causa mais alergia e ela percebeu que não deve deixar nada roubar sua alegria.

Joyce Xavier.

Um comentário:

  1. Lindo texto! Nda deve roubar nossa alegria, não devemos permitir que nada tire do nosso rosto, o sorriso que Deus nos permitiu conquistar!

    www.detudopouco.com.br

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