13 outubro 2016

Amante e traição


Nunca fui santa, mas quando estou num relacionamento, eu sou fiel. Se for para trair, eu prefiro viver sozinha.

Já fui traída (em quase todos os meus relacionamentos) e quando eu descobria, sempre culpava a mulher e a denominava por nomes que as pessoas dizem quando estou solteira. Mas a questão em si é a seguinte: na minha opinião o maior culpado é aquele que não respeitou a pessoa que está ao seu lado.

Eu já fui amante e não sabia. Todos me diziam que ele tinha um relacionamento e eu acreditava naquilo que ele me falava, mas com o passar do tempo percebi que fui o pivô de uma separação e o meu relacionamento um motivo para guerra. Acreditei nas mentiras de um homem e para rebater as ofensas que eu sofria, eu ofendi também.

O relacionamento não durou muito tempo e eu não fui feliz, apenas tive vários momentos felizes e posso dizer que o pouco tempo que estive ao lado desta pessoa, a minha vida era um inferno. Eu amei uma pessoa que começou uma suposta vida ao meu lado na base da mentira, com certeza não daria certo.

Com tudo isso, gerou-se o ódio. E nós mulheres fomos apenas vítimas, enquanto o vilão se exibe como santo e diz: “estávamos em crise”, além de colocar inúmeros defeitos na própria mulher.

Então, antes de culpar o outro e achar que ele não presta por roubar a sua “felicidade”, perceba que quem está ao seu lado é quem realmente não “presta”. Quem lhe deve respeito e satisfações é quem vive ao seu lado e não aquele que o fez companhia para diversão.

E entendam mais uma coisa: às vezes descobrimos a mentira do homem, mas já estamos envolvidas e não temos coragem de largar tudo. Erro nosso. Se fez com a outra, faz com a gente também.

Joyce Xavier.

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