04 dezembro 2016

Colecionar arrependimentos, não é o meu forte. - Por Marcely Pieroni













Não é tão incomum assim eu me sentir meio perdida. Sem chão. Vez em quando eu faço um esforço danado para voltar acreditar que ainda existem possibilidades a serem desvendadas. Mania de quem tem fé na vida. Nas pessoas e ainda almeja histórias melhores. Não desisti de encontrar novos sabores. Não parei de arriscar. Sou impulsiva demais para me dar por vencida. Os nãos sempre servirão de incentivo. Chorava calada quando não tinha ninguém olhando e na manhã seguinte já estava pronta para outra.

Tenho sede de aventuras. Não meço as consequências. Saio me atropelando por aí e na pressa acabo pagando um preço por isso. Mas vale a pena. O sacrifício maior seria abdicar de toda essa loucura. Se não for realocar todas as minhas convicções, não me chame para dançar.


Não me importo com o mal tempo. Se tem trânsito. Os empecilhos quem cria é você. Eu vivo colecionando momentos. Uns mais pacatos e serenos e outros mais travessos e desorganizados. Preciso testar meus limites continuamente, gosto de arrepio na espinha. Se for para embalar um mais eu menos eu deixo passar.

Não quero estagnar. Ainda é cedo. Tenho muito o que desbravar. Não me venha com roteiros ensaiados e desculpas prontas. Eu não te pedi nada. Posso dar conta de mim e de minhas manias estranhas. Venço batalhas incríveis todos os dias e quase ninguém vê. 

Não faço questão de chamar atenção, é em passos silenciosos que vou seguindo rumo em novas direções. Preciso de mais tempo comigo, de mais borboletas me revirando o juízo. E o mais importante: preciso perder o medo de soltar o freio de mão. Não dá para viver contendo o que sente vontade. 

O tempo urge e colecionar arrependimentos não é o meu forte.

Marcely Pieroni
 

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