A dor não ameniza, a lágrima não acaba e a minha mente continua a desabar. Os gritos internos roubam o meu sono, o silêncio externo tranquiliza. Os sustos são frequentes, a voz trêmula é persistente. Nada do que eu vivi irá se repetir, nada do que eu vi irá me iludir.
Sonhos fracassados ocuparam espaço e os novos desejos estão bloqueados. Não sei o motivo, acho até que não tenha nenhum. Eu apenas acordei com uma dor, ela me pesa e me deixa sem respirar. Coração está gelado, cansado das mentiras que idealizamos em nossa mente para não sofrermos. Fugir é preguiça para o próprio crescimento.
Cegar-se, é a forma mais fácil e cruel de se livrar da dor. A dor dói, mas constrói uma fortaleza. Não quero sobreviver com a ferida que eu mesma insisto em mexer. Não procuro remédios, achei a cura em mim mesma.
Encolho-me e começo a rezar, uma hora a dor se cansa e vai embora sem data pra voltar.
Joyce Xavier.
Joyce Xavier.
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